sábado, 10 de abril de 2010

Reflection


 Por vezes sinto o teu cheiro, aquele cheiro que embriaga, enlouquece e penetra em todo o meu corpo. Minha boca que quer romper barreiras para a tua boca encontrar, num beijo louco e abrasador. Nesse instante o coração bate forte...
Não há como definir tal emoção, é um sentimento que envolve o meu ser, sem explicação, sem permissão.
Um querer que não vê barreiras, enlouquecido invade a alma e dilacera o peito.
Queima, explode como um vulcão.
Como perceber? Não há palavras.
Encontrei o teu perfume encostado à ombreira da porta e tomei-o nos sentidos, desesperadamente, como se a minha vida dependesse dele e de tudo aquilo que me avassalava naquele momento.
Gritei por ti, numa tentativa de te trazer de volta. Apercebi-me que há muito tempo já tinhas partido. Partido para bem longe do que há dentro de mim. Simplesmente pegaste nas tuas coisas e foste embora. Eu deixei-te ir, sem fazer grande esforço para te segurar no lado de dentro da porta que deixei entreaberta aos sentimentos.
Não há palavras para as palavras que já foram ditas em silêncio. Não há nada, porque nada houve para partilhar em cumplicidades. Nada há para dividir contigo para além dos suspiros de ausência que foram arrancados à tua presença.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Reflexo











Tenho saudades tuas. Saudades dos nossos momentos... Tenho saudades das nossas conversas sem pé nem cabeça, saudades das nossas discussões. Tenho saudades dos nossos passeios, da nossa vida nada parecida, do teu sorriso quando falavas algo engraçado, da tua cara de ódio, quando mesmo sem querer eu te irritava. Saudades do nosso amor intenso, único e  errado, das nossas manhãs, tardes, noites e madrugadas. Tenho saudades do teu ciúme com fundamento e dos sem fundamento também. Saudades dos teus medos e da maneira que eu cuidava deles. Saudades da maneira como tu te preocupavas comigo, saudades da tua fraqueza, que me dava força para ser forte. Saudades do nosso primeiro beijo e do último também.
Saudades da nossa vida tão igual e tão desigual, saudades de quando tu aparecias do nada e me fazias sorrir pelo simples facto de estar ali, saudades do teu amor intenso, da maneira que tu dizias “eu amo-te” deixando um brilho nos meus olhos. Saudades das tuas mãos nas minhas, a minha boca na tua. Saudades dos meus braços à procura dos teus e dos teus braços procurando os meus.