sexta-feira, 14 de maio de 2010


Quero gritar, gritar muito até ferir as cordas vocais. Já há muito tempo que ando com este grito entalado, mas a minha garganta é estreita demais para o libertar. Quero arranhar as paredes. Partir vidros e tudo o que encontre pela frente.
 Preciso de encontrar uma maneira de tirar cá para fora este grito que me atormenta, me sufoca, para me aliviar a alma.
A minha vida anda desarrumada, ou melhor parece que os meus princípios há muito que desapareceram sem avisar, estes que por sinal nem deveriam ameaçar fugir. Quero-os de volta como se nunca de mim tivessem saído.

Mas que raio andei eu a fazer para tudo isto??? A minha cabeça é um jogo de perguntas bem mais complexas do que eu possa imaginar. Preciso encontrar um jeito de acalmar esse mar revolto que está dentro de mim. Estou cansada de tanta coisa e de tanta gente mesquinha que me rodeia, se não ajudam não me compliquem mais, já chega tudo o que tenho para me atormentar. E poucas coisas me ofereceram. Pelo contrário, só me tiraram, só me suga, estou exausta. Exausta é pouco.
Não espero mais nada. E também não lhes darei mais nada.
Vou gritar para não enlouquecer. Vou gritar para me libertar. Vou bradar muitos palavrões.
Foda-seeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee como isto , tem que aliviar.  Porraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!